sábado, 21 de junho de 2008

Capítulo 31

Capítulo 31

Pelo comunicador, a operadora de segurança avisou para Morga que Urando estava chegando no salão e que fatalmente encontraria com Bernardo que também estava indo para lá. Aquele encontro não estava previsto para tão cedo, só deveria acontecer pela manhã.
Morga sabia que não poderia interferir, mas também deveria acompanhar tudo de perto. Terminou de atender ao cliente e se posicionou para acompanhar os passos do namorado. Viu quando os dois sem abraçaram e ficou emocionada. Tudo começou a dar errado exatamente por causa do sumiço desse tal de Bernardo. Ela não poderia deixar de pensar que “Até aquele idiota faltar ao compromisso com Urando, a vida dela entrava numa via bem controlada, agora poderia perder o amor de sua vida para sempre”.
Aquele era seu ultimo dia de trabalho no Bar Lamento, não haveria como retroceder seus passos, estaria voltando para Azzim. Seu coração estava apertado, era um sentimento que não poderia explicar, uma sensação de impotência e de impaciência ao mesmo tempo. Teria de se empenhar para convencer Urando e leva-lo também ou sua vida perderia o sentido.
Quando os dois saíram na direção das saletas reservadas, se apressou em segui-los de maneira discreta, acompanharia a conversa pela escuta de segurança. Assim que eles fecharam a porta, ela correu para a sala de controle e ligou a escuta.
- Isso é proibido! – Disse a controladora.
- Esse assunto é justificado, qualquer coisa solicite Vindara! – Morga falou com segurança mantendo o olhar na tela e ouvidos atentos observando Urando e Bernardo.
Os dois ficaram em silencio por algum tempo e para surpresa de Morga, Bernardo sabia exatamente como desligar o sistema de segurança. A imagem desapareceu e o som nem surgiu. Por algum tempo, permaneceu diante de uma tela vazia, não podia acreditar que o idiota fosse tão esperto. Sem ter outra alternativa, saiu da sala de controle de segurança e voltou para o salão.
Sua mente fervia na duvida. Até aquele momento não se ativera ao foto de que estavam forçando uma situação e que Urando poderia se negar em contribuir com sua genética maravilhosa. Ela se apaixonara e isso não era fácil de entender. De qualquer forma, preferia perder o seu amor a ter obrigá-lo a seguir um caminho que não desejasse.
Nada daquilo fora previsto. Era apenas para ela continuar uma vigilância discreta que a colocaram naquele apartamento, mas ele conquistara seu coração de maneira plena. Dando um muxoxo, voltou ao trabalho não adiantava ficar perfurando os sacos cheios de ar que voavam em seu cérebro, não continham qualquer idéia para minorar a situação que se metera.